O projeto Reabilitação Sustentável para Lisboa decorreu entre 2009 e 2010 e teve como objetivo promover o alargamento da prática de reabilitação sustentável do ponto de vista de desempenho energético do meio edificado.
Tendo por base o enquadramento legal estabelecido pela resolução do Conselho de Ministros nº 80/2008 de 20 de maio, que aprova o Plano Nacional de Ação para a eficiência Energética e pelos diplomas relativos ao desempenho energético de edifícios:
- Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios;
- Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios;
- Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios.
No âmbito deste projeto, foram analisados 4 edifícios, representativos de 4 tipologias de construção de Lisboa, visando assim abranger uma franja significativa do parque habitacional de Lisboa, relativamente aos quais foram desenvolvidos Manuais de Boas Práticas.
Os edifícios foram caracterizados sob o ponto de vista do seu desempenho energético, tendo sido posteriormente identificada a matriz de oportunidades de intervenção em cada edifício ao nível da envolvente, da substituição de equipamentos e sistemas de iluminação e da integração de tecnologias de energias renováveis. Todas estas medidas foram analisadas com base numa análise custo-benefício, considerando as mais valias económicas e ambientais das intervenções.
Paralelamente foram certificadas 5 frações nestes edifícios, quatro habitacionais e uma de serviços, no sentido de completar os resultados com o procedimento legal obrigatório em situações de grandes reabilitações, ou seja, certificando energeticamente a fração em causa.
Os resultados deste trabalho, bem como os certificados energéticos das frações foram compilados e estão disponibilizados sob a forma de 4 Manuais de Boas Práticas na Reabilitação Sustentável de Edifícios, focando exclusivamente a melhoria do desempenho energético dos mesmos.
Estes manuais abordam ainda o contexto da Reabilitação, do ponto de vista do enquadramento legislativo, da submissão do processo de reabilitação ao nível do licenciamento municipal e programas de apoio à reabilitação de edifícios.